Clelia Iruzum
Clelia Iruzun
A feliz junção do colorido espírito brasileiro e musicalidade espontânea firmou Clélia Iruzun, como uma das artistas mais interessantes, no cenário mundial, nos últimos anos. Vivendo sua infância na atmosfera culturalmente rica e diversificada da cidade do Rio de Janeiro, aos quatro anos, já iniciara seus estudos de piano. Aos sete anos conquistara seu 1º Concurso de Piano, debutando com orquestra aos 15, com o Concerto de Grieg. Logo após, a mestra altamente respeitada - Maria Curcio – concedeu-lhe então uma bolsa de estudos em Londres, onde cursou brilhantemente a Royal Academy of Music graduando-se com o prestigioso Recital Diploma. Estudou também com Noreta Conci Leech e a insigne professora brasileira, radicada em Paris - Mercês de Silva Telles, - que a levou à descoberta de seu estilo definitivo. Grandes pianistas como Stephen Kovacevich e Fou Ts’Ong, além de seus compatriotas - Jacques Klein e Nelson Freire - incluem-se como seus mentores. Os grandes compositores: Francisco Mignone dedicou-lhe uma bela Suite para piano e mais recentemente, Marlos Nobre.
Clélia é detentora de inúmeros prêmios no Brasil e na Europa, distinguindo-se entre outros: Tunbridge Wells (Inglaterra), Paloma O’Shea em Santander e Pillar Bayona em Zaragoza (Espanha). Como solista em recitais e orquestras, vem atuando pela Europa, Américas e Ásia. Já excursionou como solista pela maiores cidades da China, tocando inclusive, no Grande Theatro de Xangai, Hangzhou, Ningbo e na exclusivíssima Sala de Concertos da Cidade Proibida em Pequim. Seu recital em Xangai foi votado um dos dez melhores concertos do ano. Fez uma tournée à China com o Coull Quartet e tocou com eles também no Reino Unido, no Southbank Centre e na Universidade de Warwick.
Apresenta-se, outrossim, com freqüência nas maiores salas de concerto de Londres: Wigmore Hall, Purcell Room, Queen Elizabeth Hall no Southbank Centre, St John’s Smith Square e em importantes Sociedades Musicais, por todo o Reino Unido. Tournées já foram realizadas no Canadá, Estados Unidos, França, antiga Iugoslávia, Polônia, República Tcheca, Espanha, Portugal e na Escandinávia. Clélia visita o Brasil com frequência, apresentando-se em recitais ecom orquestras, nas melhores salas do país e em festivais como o Festival de Campos do Jordão e Folle Journée. Estreou, com sucesso no Brasil, obras de compositores ingleses como Arnold Bax e York Bax.
Já solou com várias orquestras no Brasil e na Europa, entre as quais a Poznan Philharmonic e Artur Rubinstein Symphony Orchestra na Polonia, a Vasteras Sinfonietta, Boras Symphony Orchestra e Kristiansand Symphony Orchestra na Escandinávia, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Royal Philharmonic Orchestra, a London Soloists Chamber Orchestra, Lontano Chamber Orchestra e BBC Scottish Symphony Orchestra no Reino Unido. No Brasil, Clélia tocou com a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Orquestra Filarmonica de Minas Gerais, Petrobras Sinfônica, Cia. Bachiana Brasileira, Orquestra Sinfônica de Brasilia, Orquestra Sinfônica de Santo André, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, etc...
Ela já fez várias estreias de obras brasileiras no exterior, incluindo o Quinteto para Piano de Henrique Oswald, Iara de Franciso Mignone para Piano e Quarteto de cordas, o Octeto de Villa-Lobos, a Sonata para piano de João Guilherme Ripper, Desafio para Piano e Violão e a Sonata Breve de Marlos Nobre, a Sonatina para Piano e Violao de Radames Gnattali em salas no Southbank e no Wigmore Hall, assim como Concertos para Piano como a Fantasia Brasileira No.3 de Francisco Mignone na Noruega com a Kristiansand Chamber Orchestra, em Londres com a Lontano Orchestra e na Polônia com a Filarmônica de Poznan, onde tambem estreou o Concertante do Imaginário de Marlos Nobre.
Em suas gravações, sempre prestigia especialmente a música sul-americana: Villa-Lobos (1992, Meridian Records, relançado em 2005), Latin American Dances (1999, Intim Musik), The Waltz Album, com famosas valsas de compositores românticos e brasileiros (2001, Intim Musik), Brazilian Mosaic, (2003, Lorelt), Lecuona (2005, Lorelt). Seu CD ,com os Concertos para piano Nº1 e o Concerto para piano e violino de Mendelssohn, juntamente com o regente/violinista Joachim Gustafsson (1999, Intim Musik) escolhido, por votação, a melhor gravação do Concerto Duplo pela Rádio Sueca. Seu CD Francisco Mignone, Piano Music, gravado pela Lorelt obteve excelentes críticas nas melhores revistas, tais quais: BBC Music Magazine, Gramophone e Classic FM. Seu três ultimos CDs Elizabeth Maconchy Orchestral Music (2011, Lorelt), no qual executa o Concertino para “piano e small orchestra” com a BBC Scottish Symphony Orchestra e outros dois, com musica para piano de Marlos Nobre (2012, Lorelt) e do compositor catalão Federico Mompou (2012, SOMM) vem recebendo excelentes criticas. Em 2014 lancou o CD Golden Years (Meridian Records) com o flautista Marcelo Barboza. Em 2015 Clelia lançou o CD “Portrait of Rio” com musica de Ernesto Nazareth (Lorelt) e no inicio de 2016 o segundo volume das obras para piano de Federico Mompou (SOMM) que foi selecionado pelo Sunday Times como um dos melhores lançamentos do mês.
Clelia é casada com Renato e tem dois filhos, Raphael e Maria Clara. Apesar de residir em Londres, visita o Brasil duas ou três vezes por ano, e, no seu tempo livre aprecia Filosofia, Cinema, Artes Plásticas e gosta de cozinhar.
Clelia também cursou Filosofia no Birkbeck College, University of London, recebendo seu Mestrado em 2013.
Coordenação/planejamento de João Paulo Casarotti, Andreia Maia Magalhães, e Rodrigo Vieira Ribeiro